Três décadas volvidas, é um centro de excelência em investigação marinha, reconhecido a nível nacional e internacional, graças ao trabalho e afinco de investigadores que, com um brilho nos olhos, têm feito a diferença com investigação de ponta, tornando o DOP num dos "orgulhos da Europa", segundo a Direcção Geral de Investigação da União Europeia.
O grosso da investigação do DOP está concentrado no nordeste Atlântico e é mais focalizado na região dos Açores, onde também temos responsabilidades no âmbito de políticas públicas e de sustentá-las com a melhor ciência possível. Mas ao longo dos anos, a nossa investigação tem-se estendido à grande bacia atlântica, com investigação no Atlântico sul e noutros arquipélagos da Macaronésia. Estamos também a trabalhar com alguns projectos no Índico. O oceano é aberto e é preciso pôr tudo em contexto, mas a nossa responsabilidade maior é com as grandes questões do nordeste Atlântico.
O mar profundo alberga um conjunto de ecossistemas diferenciados como as planícies abissais, os montes submarinos, as fontes hidrotermais ou os canhões submarinos, que começam a ser estudados, apesar de já há muitos anos estarem a ser utilizados. Este interesse muito grande não advém simplesmente de mera curiosidade científica. As actividades económicas há muito migraram para o mar profundo. Também houve desenvolvimentos tecnológicos, como a acústica, que permitiram detectar cardumes e melhorar o conhecimento dos fundos. Nós estamos a descobrir se vamos encontrar sítios que não conhecíamos e já estão destruídos por actividades de pesca. A própria exploração de petróleo migrou para o mar profundo.
Depois há outros níveis de interesse, como a exploração mineral que está a entrar num momento de rendimento económico. Pretendemos descobrir novas moléculas no âmbito da biotecnologia com interesse para vários domínios: farmacêutico, cosmético, etc.
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